Espada de dois gumes

segunda-feira, outubro 30, 2006

Destino?

Acho cada vez mais interessante termos trabalhos evangelísticos com outras igrejas evangélicas. Isto devido ao facto de podermos fazer coisas bastante interessantes e com ideias novas. Juntar forças no combate.

Creio que muitas vezes este reunir de forças não acontece, porque as igrejas têm "medo" do que possa acontecer aos novos convertidos, se vão para a igreja deles ou para a outra que ajudou. Face a isso é melhor fazerem o trabalho sempre sozinhos.

Quanto a mim, acho que perdemos muitas energias quando temos fazer as coisas de uma forma isolada e cada vez mais temos de contar com os nossos irmãos evangélicos. Se vão para a minha igreja ou para a deles, tanto faz. Eu estou aqui para que o Reino de Deus se possa expandir, indiferentemente para onde vão.

"Ai destino, ai destino...".

sexta-feira, outubro 27, 2006

Concílio e Pratos de Lentilhas

Era uma vez uma congregação que pediu um concílio, para que uma pessoa fosse ordenada como Pastor. Chegou-se à conclusão que essa pessoa não estava preparada, nas mais diversas formas. Mas como todos estavam à espera do jantar comemorativo, a maioria votou a favor, por ser chato votar contra e não haver a festa.

Era uma vez uma outra congregação que convidou outras igrejas para consagrarem uma pessoa a pastor, sem o tradicional concílio, por acharem que ele era um homem de Deus e que já sabiam tudo dele.

Houve várias pessoas que concordaram com o primeiro e recusaram o segundo, colocando em causa a "legalidade" dessa consagração.

Conclusão: Ainda hoje o prato de lentilhas tem muito valor.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Uma questão de nomes

Para alguns eu sou o Jó, para outros Joninhas, ainda Jónatas ou Rafael. Na Igreja sou o Pastor Jónatas. E até ao fim da minha vida irei sempre gostar que me chamem como as pessoas me conhecem. Só em ambiente de Igreja é que compreendo e gosto que me chamem de Pastor.
Acho que não é por ter sido consagrado que o meu nome vai mudar, ou as minhas atitudes, no que concerne ao formalismo. Nem gosto quando alguém usa isso, para ver se consegue ter mais autoridade.
A autoridade não vem pelo nome, mas sim pela forma como se leva a vida. O exemplo de Paulo aos Filipenses é fantástico, "O que vocês ouviram e viram em mim, isso fazei".

Tudo dentro do mesmo saco

Nunca gostei muito de sacos, isto é, contribuir para um único sítio e ser disperso por vários lados. Porque normalmente podem acontecer duas coisas:

1º A organização retém os fundos durante muito tempo, enquanto há ministérios a precisarem. Se calhar ainda levam alguma percentagem de comissionamento, ou encargos.

2º Os motivos que levam ajudar alguns ministérios, ou as pessoas que estão por trás e isso leva a que não se apoie.

Quanto a mim, a minha filosofia de ministério é apoiar directamente a quem precisa. E ser a própria igreja ou organização, a escolher a quem ajudar. Nunca gostei de meter tudo junto no mesmo saco.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Igrejas

Tenho muita pena das Igrejas pequenas, face às Igrejas maiores. Isto porque nunca serão capazes de ter alguém a trabalhar a tempo integral e desenvolver e ajudar um ministério que alcance as pessoas.
Não temos infelizmente a cultura do Novo Testamento em que as Igrejas ajudavam o apóstolo Paulo, para desenvolver o seu ministério em locais que não o conseguiam sustentar. Por isso, o apóstolo Paulo diz que "despojou" Igrejas para não ser pesado à comunidade com mais dificuldades.
Depois caímos em pelo menos dois problemas graves:
1º As igrejas pequenas serão sempre pequenas e normalmente acabam por fechar. Não conseguem ter pastores. E as ovelhas sem pastor dispersam. É Bíblico.
2º Pastores que estão em igrejas grandes e que já estão acomodados, em que a sua comunidade começa a ir para outras igrejas, nunca sairão, por não terem condições de irem para outra igreja, que lhes possa pagar o mesmo. Relativamente a este ponto desenvolverei um pouco mais tarde.

Quanto a mim... estou onde Deus quer, mas compreendo quando se tem família é difícil abraçar novos projectos, que não podem dar as mesmas condições. Precisa-se de arranjar soluções!

terça-feira, outubro 24, 2006

Pastorado

Sinto-me em condições de escrever este post, em virtude de ser pastor e por isso deixar a minha opinião.
O pastorado não é fácil, principalmente para quem está no início do seu ministério. Algumas pessoas não reconhecem muito valor(terá de provar primeiro), outras pensam que quem está no início tem de sofrer e que qualquer coisa que lhe possam oferecer será bom(a mim até acharam que ter uma antena de televisão seria exigir muito).
Pode opinar mas pouco, afinal ainda está no início. Tem de estar calmo, porque depois as oportunidades podem não ser muitas, noutras igrejas, principalmente quando se vai contra algum sistema que possa existir.
Face a isto, o que eu tenho a dizer, é que eu dependo de Deus e não de cunhas humanas. Que Deus quer que tenhamos as mesmas condições normais que qualquer outra pessoa. E ser pastor é ter dupla honra. Por isso escrevo à vontade.

Espada de dois gumes

Acredito que a Palavra penetre mais que uma espada de dois gumes. E isso tem consequências para a nossa vida, em todas as suas áreas.
Na expectativa que estas palavras penetrem em alguém, faço um desafio a mim próprio de conseguir tal desejo.
Obrigado.